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Tuesday, February 22, 2011

Procuradoria-Geral da República acusa ministros de corrupção e abuso de poder

Vários membros do governo de Timor-Leste foram acusados de corrupção pela Procuradoria-Geral da República do país. De acordo com o relatório anual agora publicado a lista extensa inclui 31 processos e envolve nomes como José Luís Guterres, actual vice-primeiro ministro, Zacarias Albano da Costa, ministro dos Negócios Estrangeiros, João Freitas da Câmara, embaixador na Tailândia, e Rogério dos Santos, conselheiro da embaixada no Brasil. Noutro processo semelhante de gestão danosa e abuso de poder foram acusados Arcanjo Leite, ministro da Administração Estatal e Ordenamento do Território, bem como Bernardo Hornay, da administração do distrito de Baucau e presidente da comissão de planeamento e implementação do programa de desenvolvimento local.

Em declarações ao i, o assessor de Mari Alkatiri, ex-primeiro-ministro e líder da oposição, explicou que "já há tempos que se houve estas histórias. Isto não é novidade para o povo de Timor-Leste, mas se se tratam de acusações formais significa que algo de muito sério está a acontecer".

"Estamos ansiosos para ver a justiça reagir. Esperemos que o governo, ou seja Xanana Gusmão, permita que a Justiça funcione. A justiça em Timor-Leste devia ser um valor primário e não para favorecer este ou aquele", acrescentou Filomeno Aleixo.

A lista de membros do governo acusados também passa pelo ex-chefe do departamento de aprovisionamento do Ministério da Justiça, acusado de corrupção e falsificação de documentos, por dois chefes de departamento no Ministério das Finanças, e até por um oficial de Justiça do supremo Tribunal de Recurso (instancia máxima judicial), indiciado pelos crimes de corrupção passiva para acto ilícito e falsificação agravada. Contactado pelo i, o assessor do presidente José Ramos-Horta, José Meirelles, recusou-se a comentar o assunto, justificando que a separação de poderes no país não lhe permite comentar "questões que envolvam a Justiça e o governo".

Embora não estejam presentes no relatório anual de 2010, os nomes foram referidos pela procuradora Ana Pessoa "apenas para ilustrar que não é verdade que nada se faz contra a corrupção, e que não são só os ditos pés descalços que têm de responder pelos seus actos".

por Sara Sanz Pinto, Publicado em 21 de Fevereiro de 2011

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